O acusado de participar do assassinato de um homem na frente da esposa e da filha em Ribeirão Preto, em 2022, está sendo julgado pelo Tribunal do Júri nesta semana. O crime, que chocou a cidade pela brutalidade e pelas circunstâncias, envolve um ataque a tiros, no qual a vítima foi executada em plena luz do dia enquanto estava com a família.
O réu, que já estava preso preventivamente desde o ocorrido, é apontado pelo Ministério Público como um dos autores do crime, que teria sido motivado por vingança. Segundo a investigação policial, o homicídio foi premeditado e executado com a participação de mais envolvidos, que estariam ligados a disputas entre grupos criminosos na região.
O crime aconteceu em novembro de 2022, no bairro Vila Tibério, em Ribeirão Preto. A vítima, um homem de 35 anos, estava saindo de um estabelecimento comercial com sua esposa e filha pequena quando foi abordado pelos criminosos. Sem dar chance de defesa, o acusado e outro homem dispararam várias vezes contra ele, que morreu no local. A filha e a esposa presenciaram toda a cena e ficaram em estado de choque.
De acordo com testemunhas, os assassinos fugiram logo após o crime, mas as investigações policiais avançaram rapidamente, resultando na prisão do acusado poucos dias depois. Outro suspeito ainda está foragido, e a Polícia Civil segue investigando o caso.
A investigação aponta que o assassinato foi motivado por uma disputa relacionada a dívidas de tráfico de drogas. O acusado seria membro de um grupo criminoso que atuava na região, e a vítima teria se envolvido em conflitos com esses indivíduos, o que culminou no homicídio.
Durante o processo, a defesa do réu tentou argumentar que ele não participou diretamente da execução e que a responsabilidade seria de outros envolvidos. No entanto, a Promotoria sustenta que há provas robustas de que ele teve participação ativa no crime, sendo um dos responsáveis pelos disparos que tiraram a vida da vítima.
O julgamento do acusado teve início nesta quinta-feira (26) no Fórum de Ribeirão Preto. Ele responde por homicídio qualificado, com agravantes como a impossibilidade de defesa da vítima e o fato de o crime ter sido cometido na presença de familiares, o que agrava a pena.
O Tribunal do Júri é composto por sete jurados, que irão avaliar as provas e decidir pela condenação ou absolvição do réu. A expectativa é que o julgamento dure dois dias, com depoimentos de testemunhas, apresentação de provas pela acusação e defesa, além da oitiva do próprio réu.
Se condenado, o acusado poderá pegar uma pena de até 30 anos de prisão, dependendo da decisão dos jurados. Além disso, ainda há a possibilidade de outras denúncias e processos contra ele, relacionados a outros crimes de sua suposta participação no grupo criminoso.
O crime gerou grande repercussão na cidade, não só pela violência, mas também pelo impacto emocional causado na família da vítima, especialmente na filha, que presenciou o assassinato do pai. Organizações de apoio às vítimas de violência acompanharam o caso e prestaram assistência psicológica à esposa e à criança.
A sociedade ribeirão-pretana aguarda com expectativa o desfecho do julgamento, que promete ser um marco importante no combate à violência urbana e ao crime organizado na cidade. A segurança pública em Ribeirão Preto tem sido motivo de preocupação nos últimos anos, com o aumento de homicídios e outros crimes violentos, o que torna casos como esse ainda mais emblemáticos.
Com as provas apresentadas pela acusação e os depoimentos das testemunhas, espera-se que o julgamento traga uma resolução para o caso, oferecendo justiça para a família da vítima. A condenação do réu também é vista como uma resposta à crescente violência que tem afetado a região.
A defesa, por sua vez, tentará demonstrar a ausência de provas suficientes que vinculem o acusado diretamente ao homicídio, buscando a sua absolvição ou, ao menos, a redução da pena. O julgamento será acompanhado por autoridades locais, além de familiares e amigos da vítima.