A Câmara Municipal de Pontal, cidade localizada no interior de São Paulo, aprovou nesta quarta-feira (26) uma reforma tributária que prevê um aumento de 40% no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e nas tarifas de água. A decisão tem como objetivo principal equilibrar as finanças municipais e possibilitar investimentos em infraestrutura e serviços públicos.
O projeto de lei, enviado pelo Poder Executivo, foi aprovado por maioria simples em sessão ordinária. Segundo a prefeitura, a atualização dos valores é necessária devido à defasagem nos tributos municipais, que não acompanhavam a inflação e os custos operacionais há vários anos.
O prefeito de Pontal, João Silva, afirmou que “a reforma é essencial para manter a qualidade dos serviços públicos e realizar os investimentos que a cidade necessita”. Ele destacou que os recursos adicionais serão destinados a áreas como saúde, educação e saneamento básico.
No entanto, a medida gerou controvérsias entre os moradores e setores da sociedade civil. A Associação de Moradores de Pontal expressou preocupação com o impacto financeiro para as famílias, especialmente aquelas de baixa renda. “Entendemos a necessidade de ajustes, mas um aumento de 40% é significativo e pode comprometer o orçamento de muitas famílias”, declarou Maria Oliveira, presidente da associação.
Economistas locais apontam que, embora impopular, a medida pode ser necessária para a sustentabilidade fiscal do município. “O equilíbrio das contas públicas é fundamental para o desenvolvimento da cidade. No entanto, é importante que haja transparência na aplicação dos recursos e que a população seja informada sobre os benefícios esperados”, comentou o economista Carlos Mendes.
A prefeitura informou que implementará programas de parcelamento e isenções para famílias de baixa renda, visando minimizar o impacto do reajuste. Além disso, serão realizadas audiências públicas para esclarecer dúvidas e prestar contas sobre a destinação dos recursos arrecadados com o aumento dos tributos.
A reforma tributária entrará em vigor no próximo exercício fiscal, e os contribuintes serão notificados sobre os novos valores e formas de pagamento nos próximos meses.