O governo federal anunciou que o reajuste salarial dos servidores públicos federais será processado na folha de abril e creditado nas contas dos trabalhadores em 2 de maio. Além do aumento nos vencimentos, o pagamento incluirá o valor retroativo a janeiro, garantindo a compensação dos meses anteriores.
A medida faz parte das negociações conduzidas entre o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) e entidades representativas dos servidores, após um longo período de estagnação salarial. O governo destacou que o reajuste foi possível após intensos debates sobre o orçamento e a necessidade de recompor as perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos.
A correção salarial foi formalizada por meio da Medida Provisória (MP) 1.286, que assegura o aumento para servidores ativos, aposentados e pensionistas de diversas categorias. O governo também confirmou que a MP será prorrogada por mais 60 dias a partir de 2 de abril, permitindo que o Congresso tenha tempo suficiente para discutir e aprovar o projeto de lei que substituirá a medida provisória.
Caso o projeto de lei não seja aprovado a tempo, a MP continuará em vigor, garantindo que os servidores não sejam prejudicados. Fontes ligadas ao governo afirmam que há amplo consenso entre parlamentares sobre a importância do reajuste, o que deve facilitar sua aprovação sem grandes alterações.
O reajuste contemplará servidores de diferentes áreas, incluindo saúde, educação, segurança pública e administração federal. Segundo o MGI, a recomposição salarial é um passo fundamental para valorizar o funcionalismo público e garantir melhores condições de trabalho para aqueles que atuam diretamente na prestação de serviços à população.
O reajuste salarial dos servidores federais representa um impacto significativo para os cofres públicos. O governo precisou realocar recursos dentro do orçamento de 2025 para garantir a implementação do aumento sem comprometer outras áreas prioritárias.
Líderes sindicais comemoraram o anúncio do pagamento em maio, mas ressaltaram que a luta por uma política salarial mais estruturada continua. Para muitos servidores, a recomposição é insuficiente para cobrir as perdas acumuladas nos últimos anos. “Embora seja um avanço, ainda estamos abaixo do necessário para recuperar nosso poder de compra. Continuaremos mobilizados para que essa política de valorização do servidor seja permanente”, afirmou um representante da Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais.
Com o reajuste previsto para entrar na folha de abril, os servidores devem receber os novos valores em 2 de maio. O governo informou que já está tomando todas as providências necessárias para garantir que os pagamentos sejam realizados sem atrasos.
O Ministério da Gestão e Inovação reforçou que continuará dialogando com as entidades representativas para avaliar novas medidas de valorização do funcionalismo público nos próximos anos. A expectativa é que novos debates sobre reajustes sejam retomados no segundo semestre de 2025, dependendo da situação econômica do país e da disponibilidade orçamentária.
Com essa decisão, o governo busca equilibrar as demandas dos servidores por melhores salários com a responsabilidade fiscal necessária para manter as contas públicas em equilíbrio. Nos próximos meses, o Congresso Nacional analisará a proposta enviada pelo Executivo, e novas rodadas de negociações poderão definir os rumos dos reajustes futuros.