Justiça Condena Quadrilha de Agiotagem em Franca a Longas Penas de Prisão

A 2ª Vara Criminal de Franca (SP) condenou à prisão dez membros de uma quadrilha de agiotagem que movimentou cerca de R$ 19 milhões em três anos. As atividades ilícitas do grupo foram descobertas em novembro de 2023, durante a Operação Maré Alta, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP).

Detalhes da Condenação

Os réus foram condenados por organização criminosa, lavagem de dinheiro e usura (agiotagem). Entre os condenados estão:

• Bruno Aparecido de Almeida Costa: Apontado como chefe da organização, foi condenado a 10 anos, 2 meses e 15 dias de reclusão por organização criminosa e lavagem de dinheiro, além de 8 meses e 5 dias de detenção por usura.
• Rodolfo Lomônaco Arantes: Conhecido como “Rodox”, foi condenado a 8 anos e 9 meses de reclusão por organização criminosa e lavagem de dinheiro, e 7 meses de detenção por usura.
• André Augusto Ferreira Ribeiro: Conhecido como “Zim”, foi condenado a 7 anos e 6 meses de reclusão por organização criminosa e lavagem de dinheiro, e 6 meses de detenção por usura.
• André de Oliveira Venâncio: Conhecido como “Andrezão”, foi condenado a 7 anos e 6 meses de reclusão por organização criminosa e lavagem de dinheiro, e 6 meses de detenção por usura.
• Gustavo Migueletti: Apontado como um dos financiadores da organização, foi condenado por usar contas bancárias dele e de familiares para movimentar valores ilícitos.

Operação Maré Alta

A Operação Maré Alta foi deflagrada em novembro de 2023 e revelou as atividades ilícitas do grupo. Segundo o MP, os integrantes da quadrilha ameaçavam as vítimas e cobravam juros exorbitantes sobre as dívidas. A investigação identificou que o grupo utilizava contas bancárias de empresas e familiares para lavar o dinheiro obtido através da agiotagem.

Conclusão

A condenação dos membros da quadrilha de agiotagem em Franca é um passo importante na luta contra o crime organizado e a usura. As penas aplicadas refletem a gravidade dos crimes cometidos e a necessidade de coibir práticas ilícitas que prejudicam a sociedade.