O governo federal propôs uma reforma no Imposto de Renda (IR) com o objetivo de tornar o sistema tributário mais justo e diminuir as desigualdades sociais no país. A principal mudança é a isenção do IR para quem recebe até R$ 5 mil mensais, beneficiando aproximadamente 10 milhões de brasileiros. Para compensar a redução na arrecadação, a proposta prevê a criação de uma alíquota para rendas superiores a R$ 600 mil anuais, visando aumentar a tributação sobre os mais ricos.
Detalhamento da Proposta
De acordo com o Ministério da Fazenda, nove em cada dez brasileiros que pagam IR terão isenção total ou parcial. Dos declarantes do IR, mais de 26 milhões (65%) não pagarão nada. A tributação sobre altas rendas atingirá 0,13% dos contribuintes e 0,06% da população.
Justiça Tributária e Redução de Desigualdades
Especialistas destacam que a progressividade no sistema tributário é fundamental para a redução das desigualdades sociais. A economista Clara Zanon Brenck, professora da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), enfatiza que países mais igualitários tendem a tributar de maneira mais progressiva. Ela ressalta que, ao implementar essas mudanças, o Brasil se aproximará de sistemas tributários de países desenvolvidos, contribuindo para a diminuição das desigualdades sociais.
Brasil de Fato
Considerações Finais
A reforma do Imposto de Renda proposta pelo governo representa um passo significativo rumo a um sistema tributário mais equitativo. Ao aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores de menor renda e aumentar a contribuição dos mais abastados, a medida busca promover a justiça social e reduzir as disparidades econômicas no país. No entanto, é essencial que o Congresso Nacional analise detalhadamente a proposta, garantindo que as mudanças efetivamente contribuam para a redução das desigualdades sociais.